sábado, 30 de abril de 2011

Geração Y: se não pode vencer, alie-se a ela!

Eu ando muito interessada em estudos sobre a Geração Y. Considero o tema fascinante. Talvez porque tenho filhos na geração Z e os Y me servem de ponte para entender  porque os Z  gastam uma grana enorme para ir ao cabeleireiro deixar o cabelo esquisito ou comprar roupas que não combinam. Mas confesso que os muitos estudos que tenho lido nesta área andam bastante repetitivos e nada práticos.



Lido diretamente com o entusiasmo desta "galera" na sala de aula e, ao mesmo tempo que percebo as muitas debilidades na  maturidade e na ética, a Geração Y me encanta pela sua criatividade, bom humor, rapidez e inovação tecnológica. Aliás, ela consegue se divertir com cada coisa tão idiota! O conceito de humor inteligente desta geração é totalmente diferente de humor inteligente para a minha geração. Eu gosto muito de tudo isso reunido. E convenhamos, todos nós sabemos que maturidade só chega mesmo com o tempo e com a milhagem percorrida nesta estrada da vida. Quem de nós era maduro na idade deles?


Embora eu seja Geração X mas carregue comigo muitos dos valores dos Baby Boomer tardios, tenho que admitir que trabalhar com a Geração Y me estimula, me revigora, e aflora lá de dentro de mim  juventude mental (e até física - que às vezes esqueço que tenho). Enquanto escrevia este artigo,  me dei conta de que meus docentes mais participativos são os da Geração Y, e até meu sócio é desta geração.

A Geração Y me mostra uma transparência engraçada. Os integrantes deste grupo  são tão autênticos e gostam tanto de se posicionar convictos frente aos desafios (mesmo sem a devida maturidade) que ficam facilmente expostos quando dão uma "mancada". Isso me faz pensar que, num certo sentido, eles acabam sendo mais confiáveis, já que não fazem questão alguma de ocultar o que são e mesmo errando, tem mais ousadia para exposição.

Estes dias eu navegava pelo YouTube e encontrei um episódio polêmico do programa O Aprendiz - temporada 4, gravado em 2006, no qual Roberto Justus demitiu dois concorrentes de uma mesma equipe - incluindo o líder -  por conta de uma questão que envolvia suborno. A situação ali mostra muito claramente essa questão da transparência flagrante.

Apesar de Geração Y ser um tema tão saturado nos debates atuais, por que tudo isso ainda é tão importante para nós?

Em primeiro lugar pela situação do mercado. Em pesquisa da Global Entrepreneuriship Monitor (GEM) sobre a evolução do empreendedorismo no Brasil, divulgada recentemente pelo SEBRAE se constata que o número de negócios com até 3 meses de atividade cresceu 97% em relação a 2008, quando apenas 2,93% da população adulta tocava empreendimentos. Em 2009 a taxa subiu para 5,78% sendo que 52,5% destes novos empreendedores estão entre 18 e 34 anos de idade! A pesquisa é coordenada com participação de institutos como o London Business School e o Babson College e o Brasil participa pela décima vez deste monitoramento mundial. Veja aqui a pesquisa.

Em segundo lugar porque o ambiente corporativo não tem alternativa. Geração Y na liderança das empresas é um fato irreversível. Temos que nos adaptar à realidade e aprender a lidar com a situação. Até mesmo porque  o perfil deste grupo não é nada homogêneo e qualquer generalização acaba sendo sempre muito injusta. O que fazer então? Investir tempo para aprender a lidar com ela é um grande passo.

Um estudo recente realizado entre pesquisadores do IBMEC mostra que a Geração Y está muito preocupada com o que acontece no mercado de trabalho altamente competitivo e procura estabilidade profissional com níveis de formação superior cada vez mais elevados. Eles saem na frente de tantos de nós que nunca nos interessamos tanto pela especialização.

O mapeamento em profundidade feito entre estudantes de administração de várias IES mostra também que o perfil não é homogêneo e esta geração consegue ser dividida em perfis distintos, conforme a visão que tem sobre a vida e o trabalho: engajados, preocupados, céticos e desapegados. Segundo Lúcia Oliveira,  que coordenou a pesquisa

"...esses jovens, por serem altamente tecnológicos têm uma relação com a comunicação diferente da geração anterior ... conseguem ver televisão, trabalhar no computador, conversar no MSN... e ainda ouvir uma musiquinha. Essa característica, as gerações anteriores não tem".


Não temos por onde escapar. A Geração Y está In Company, e temos que parar de tratá-los como  "os outros" (inimigos imaginários) e nos aliarmos a eles como mentores amigos, extraindo desses rapazes e moças seu melhor, sua essência e nos nutrindo desta força que eles transbordam com tanta exuberância. 

No brainstorm final do último encontro do Clube do Conhecimento  me pronunciei sobre isso, pois honestamente penso que  a Geração Y necessita muito mais da nossa mentoria e parceria do que da nossa crítica ou contenção de entusiasmo. Não adianta bancarmos os vovôs ou papais rabugentos exigindo deles uma maturidade que não terão tão cedo. Nós também levamos tempo para chegar onde chegamos. Enquanto isso, eles que nos contagiem com essa energia e nós que os ajudemos com a experiência.


Precisamos focar no potencial  temos diante de nós. A geração Y, nascida numa economia que percorre a via da globalização e produto  da sociedade pós-moderna,  profetizada como sociedade do individualismo, da secularização e do utilitarismo pragmático, é de fato a geração que está mais envolvida com sustentabilidade, responsabilidade social. E apesar do incrível paradoxo que isto representa, nunca se falou e tanto em alteridade e foram tomadas tantas iniciativas neste sentido,quanto neste tempo, em que a Geração Y domina os ambientes à nossa volta e realmente encabeça tantos destes projetos.

Talvez tenhamos que fazer uma auto-análise muito franca e vermos, até que ponto nossas críticas a esses rapazes e moças não está carregada de um ressentimento barato, oriundo de uma crise de meia-idade instalada, porém dissimulada no meio do ativismo dos gestores da geração X ou dos baby boomers? 

Está na hora de nos permitirmos contagiar com o entusiasmo da "galera" e colocarmos para fora a juventude da nossa alma imortal que está encalacrada nesta carcaça de meio século (ou um pouco mais) e nos lembrarmos que a mente humana não envelhece, então de fato, eu e você - X ou baby boomer -  também somos Geração Y, de um jeito ou de outro.


Shalom!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sobre ética: pensando em voz alta



Eu tenho ficado surpresa com  a quantidade de estudos sobre ética nos negócios que são  publicados ultimamente. Mas me assusta que ética seja uma palavra bonita na boca de muitos empreendedores e pouco praticada na sua integridade. Na verdade, a sensação que me dá é que certas pessoas não fazem a menor ideia do que estão falando quando discursam sobre ética.

Dentro de alguns dias participarei de um painel na Uniabeu sobre dilemas éticos do cotidiano corporativo e quando estou nesses momentos pré-palestras eu fico mais atenta aos insights que ocorrem diariamente à minha volta.

Vamos a uma parábola sobre este assunto. Um CEO possui uma pequena empresa. Vamos imaginá-lo como um desses sujeitos que muito discursa sobre ética. Durante algum tempo fora representante de outra organização, maior, mais respeitada cujo nome por si só era vendável, mas nos últimos 6 meses já não era mais.

Seis meses após encerrada a representação, ele convida um Diretor Executivo para assumir a representação da grande empresa oferecendo-lhe sociedade nos negócios.Em nome da grande empresa o Diretor Executivo abriu várias oportunidades de parceria.

Como ética é algo que não se discursa, se vive, passado algum tempo, o Diretor Executivo percebe inúmeras incoerências entre o discurso ético do CEO e sua prática. Passa a investigar aquilo que acha suspeito. Descobre pela matriz da grande empresa que não havia mais representações da mesma naquela cidade e que o CEO usava o nome da grande empresa para criar oportunidades negócios mas concretizava os negócios em nome da pequena empresa de sua propriedade não informando nem à grande empresa da sua parcela de lucro nem aos seus clientes que o negócio fechado não estava mais sendo feito com a grande empresa.

Qual deve ser a atitude do Diretor Executivo?

  • Desligar-se da equipe e perder sua oportunidade de negócios?
  • Informar à grande empresa das operações irregulares feitas em nome dela naquela cidade?
  • Informar aos stakeholders da representação ilegítima?
  • Informar aos companheiros de equipe da ilegitimidade de representação?
  • Tirar o corpo fora, em silêncio e deixar que cada um descubra a verdade por si?
  • Entrar no jogo do CEO e ganhar muito dinheiro de forma ilegítima?
  • Tomar partido pela verdade mesmo sabendo que o CEO forjaria um meio de processá-lo?

Perguntas difíceis de responder, não é mesmo? E você, o que faria se estivesse nesta situação?


Rubem Amorese [1] escreveu um capítulo intitulado: "A ética que brota do amor" que mexeu bastante comigo.  A síntese de seu artigo é que a ética só pode ser bem sucedida quando ela brota de algo maior, quando a motivação  é amor que sentimos por Deus e pelo próximo, que é expressão da divindade neste mundo, pois ética pressupõe relacionamento com as pessoas e com Deus.

Amorese nos pergunta: de onde vem a força para dizer não, num mundo que diz constantemente: "eu tenho esse direito"? Como saber quais comportamentos são os melhores? São corretos e melhores só porque a sociedade nos propõe? E se esta sociedade, sem perceber, eventualmente nos propuser comportamentos que são fonte de um mal-viver?


O uso do poder não garante mudança de comportamento porque não muda o coração. Uma ética originada no poder constrói a vida dentro de um sistema no qual o que mais importa é não ser flagrado no erro, não ser punido publicamente. 

E é isso que tenho visto em abundância no ambiente corporativo. Muitos diretores, CEOs e gestores de pessoas falam de ética, a ponto de ficar com a boca entupida de discurso. Ética é uma palavra bonita, que tributa respeitabilidade ao seu orador. Afinal, só deveria falar de ética uma pessoa que preza a ética ou que tem alguma autoridade moral para falar do assunto.

Eu acredito que quando o amor por Deus e pelo próximo está nas nossas entranhas e fornece energia vital para tudo que fazemos, fornece sentido para nossa existência. Nossas decisões, nestes casos, tomarão sempre o caminho de justiça pelo próximo que representa Deus nessa terra. Seja este próximo um cliente que comprará um produto errado, seja este próximo os diretores de uma empresa que estão sendo roubados ou seja este próximo meu colega de trabalho que está sendo enganado.

Apesar de o timbre de voz de Ana Carolina não estar na lista do meu gosto musical, que é um pouco "específico demais", segundo um amigo muito querido, admiro-a como artista e como intérprete. Num de seus shows ela fez esta belíssima interpretação que quero compartilhar com você.


Desejo que a Páscoa - ou Pesach -  e todo o simbolismo que ela representa na passagem de uma vida antiga para uma vida nova, te ajude a escolher o caminho da ética como modelo de vida e não apenas como palavrório.

Boa Páscoa - Pesach - para você!


[1] Rubem AMORESE. A espiritualidade e a ética cristã. Em: Nelson BOMILCAR (org.). O melhor da espiritualidade brasileira. São Paulo: Mundo Cristão, 2005 (p. 131-146)



sábado, 2 de abril de 2011

Adoecidos pelo perfeccionismo

Você consegue administrar seu complexo de andróide?

Vivemos numa época de potencialização de talentos, otimização de resultados, maximização de produtividade e demandas exageradas por inovação e criatividade.  Essa cultura nos pressiona de todos os lados e nos cria uma visão distorcida da vida, das pessoas e do mundo que nos torna completamente neuróticos, incapazes de verdadeiramente viver a vida. Desfrutá-la, então, é uma utopia que passa longe, muito longe.

Cada um de nós recebe, diariamente, tarefas a serem realizadas, o que já nos toma muito tempo, energia, concentração e esforço. Mas há um tipo de gente especialista em assumir, além das suas tarefas cotidianas e profissionais, uma infinidade de outras atividades desnecessárias, que só servem para aumentar sobre si a carga de cobranças e responsabilidades, sequestrando cada  segundo de paz e equilíbrio emocional. Bem, eu já passei desta vida!

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Diálogo ao telefone
(num "pleno janeiro", no Rio de Janeiro)

- Professora, nós gostaríamos de agendar com a senhora uma oportunidade para ser palestrante num encontro acadêmico aqui em Belém, em  nossa faculdade, mas precisa ser no segundo semestre...


- Olha professor eu gostaria muito, mas no segundo semestre estarei envolvida nas cinco faculdades onde trabalho todos os dias da semana durante a noite, e participando de dois processos seletivos para o doutorado em duas universidades federais, pois não sei em qual delas passarei,  sem contar um concurso público para o qual estou estudando bastante, tenho que providenciar um professor substituto para ter condições de viajar para sua cidade ... para quando mesmo seria?

- Meu Deus, professora! Quando é que a senhora vive?
(lamentavelmente baseado em fatos reais)

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Quando não se sobrecarregam com muitas atividades desnecessárias, os adoecidos pelo perfecccionismo injetam uma dose sobre-humana de exigências nas próprias tarefas do dia-a-dia que, para conseguir realizá-las, eles tem que abdicar da humanidade, serem transformados em andróides ou cyborgs: blindados, inatingíveis, invioláveis, impenetráveis, intocáveis e, é claro, solitários. Gente que perde a capacidade de desfrutar a vida só vive sozinha, já reparou?

Lido com essa questão há muito tempo porque desde que me entendo por gente sou perfecionista e sempre impus altos níveis de exigência em tudo que eu faço. Até um dia, uns quinze anos atrás, em que ouvi, do meu analista, a doce reprimenda:

- Lília, ser assim não te torna melhor do que ninguém. 
Você vai acabar se matando. 
Você precisa ler um livro chamado: 
"Todo mundo é incompetente, inclusive você" ... 
(Palavras de Olavo)

Bem, até hoje não li o tal  livro (embora esteja na lista do zilhão de coisas que preciso ler) mas só o título do bendito me ensinou a lição que eu precisava.

Até aquele momento eu não tinha me dado conta que eu fazia as coisas daquele jeito por vários motivos, mas principalmente para receber aprovação das pessoas. No meu complexo de andróide eu chamava aquilo de excelência, mas era incapaz de simplesmente "chutar o balde" e me dar ao direito de parar tudo e tomar uma taça de vinho, assistindo TV, com deliciosos queijinhos ao lado, simplesmente desfrutando o momento. Não conseguia parar tudo, colocar a bike no carro e ir pedalar na Lagoa sem ficar me sentindo culpada pelo tanto de coisa que deixei de fazer.

Vários motivos nos levam a agir desse jeito psicótico e obcecado. Não quero fazer uma análise muito profunda aqui porque vai demorar, hoje é sábado e, embora escrever muitas vezes me relaxe, como agora, dentro de alguns minutos eu vou abrir a garrafa de vinho que ganhei de presente, desempacotar os queijinhos deliciosos que comprei e vou assistir meus filmes, sem dar à ninguém o direito de interferir neste meu momento de puro egoísmo. Mas tenho que me policiar constantemente para não ser seduzida pela adrenalina deste ativismo doentio que me levaria à nocaute e me impediria de ser feliz.

Por isso vou falar rapidamente das minhas observações sobre o complexo de andróide do ser humano do séc. XXI e espero que ajude aos leitores a olharem para a qualidade de vida que estão levando.

Por que as pessoas se tornam adoecidas pelo perfeccionismo?

Falta de Auto-Conhecimento: Parece brincadeira, mas tem muita gente que acha que se conhece, mas não se conhece. São pessoas que possuem impressões totalmente distorcidas sobre elas próprias, não sabem reconhecer onde estão seus limites, seus potenciais e não conseguem discernir entre aquilo que lhes faz bem - e que devem abraçar com calorosa acolhida,  e aquilo que lhes faz mal - que devem rejeitar sem medo de ser feliz. Não sabem filtrar aquilo que se aproxima delas. Ficam danosamente próximas do perigo, quando se dão conta estão num estilo de vida  autofágico,  se consumindo.

A segunda amiga íntima do perfeccionismo doentio é a Falta de Auto-Estima. Essa então é mais sutil do que a falta de auto-conhecimento. Porque admitir que não se conhecem tão bem, algumas pessoas até admitem, mas admitir que tem auto-estima ruim é como assumir uma doença incurável e perniciosa. Ninguém admite que tem uma baixa auto-estima porque isso implicaria em talvez procurar ajuda profissional, aí as pessoas vão ficar "achando que estou maluco"... quanta tolice! A falta de auto-estima faz a gente se encher de atividades para agradar as pessoas e dificilmente fazer algo para agradar a si próprio. É uma praga, uma corrosão da alma que vai comendo, comendo, comendo, até que te oxida completamente.

Falta de Humildade - Muita gente que tem baixa auto-estima projeta suas reações em atitudes opostas, a psicologia explica isso muito bem. Elas se tornam prepotentes, auto-suficientes e possuidoras de uma arrogância que as torna incapazes de aceitar a ajuda de uma pessoa mais simples que não consegue fazer um trabalho" tão bom quanto o dela". Sabe aquele tipo de líder que está o tempo inteiro reclamando da qualidade do trabalho de alguém de sua equipe porque nunca está suficientemente bom? Ao invés de orientar o liderado a conseguir encontrar por si mesmo o caminho de excelência naquela atividade ele arranca o trabalho da mão da pessoa e "retoca", alterando tudo que o liderando  fez. Conhece alguém assim? É dele que estamos falando. Esse é o cara!

- Lília, está na hora de você perceber que as pessoas não tem obrigação de ser "tão maravilhosas" quanto você!
(Palavras de Olavo)

Falta de humildade nos leva a não reconhecermos os nossos limites. Nos faz  incorporar uma auto-suficiência que só vai nos levar para o buraco do fracasso nos relacionamentos. Falta de reconhecimento de limites é arrogância, pura presunção. Um líder que não sabe se relacionar, dispensa maiores comentários.

Em Good to Great Jim Collins reporta que empresas com alta performance - que ele classificou como "empresas feitas para vencer" - apresentaram curiosa semelhança nos seus melhores líderes:
1) Apresentavam elevados níveis de determinação
2) Eram humildes
Ele se refere a estes líderes como pessoas "aparentemente comuns, quietamente produzindo resultados extrordinários". Rick Boxx completa a ideia dizendo: "os líderes que a equipe de Collins estudou compreenderam os perigos de serem apanhados na armadilha da presunção".
Para ler o artigo completo clique aqui

Por fim, vou compartilhar aqui um texto espirituoso que recebi por e-mail dias atrás. O texto não é novo mas o conteúdo é sempre atual, e por incrível que pareça,  eu não o conhecia.

Tenha uma ótima semana porque agora eu vou abrir aquela garrafa de vinho!

DOZE CONSELHOS PARA TER UM INFARTO FELIZ
Dr. Ernersto Artur - Médico Cardiologista

1) Cuide do seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias.

2) Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder, também aos domingos.

3) Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde.

4) Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem.

5) Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios e etc.

6) Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranquila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes.

7) Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis, afinal, tempo é dinheiro.

8) Nunca tire férias. Você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro.

9) Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado. Delegar é pura bobagem: é tudo com você mesmo.

10) Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego e pintar aquela dor de estômago, tome logo estimulantes energéticos e anti-ácidos. Eles vão te deixar tinindo.

11) Se tiver dificuldades em dormir,não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os  tipos. Agem rápido e são baratos.

12) e por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração, meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida. Isso é para crédulos e tolos sensíveis.

Repita para si:
Eu não perco tempo com bobagens.
Duvido que, seguindo à risca os conselhos acima, você não terá um belo infarto.