Esses dias, numa reunião de negócios, um executivo muito experiente, dono de uma empresa com a qual a Eagle está fazendo parceria, se referiu ao desejo intenso de se fazer um empreendimento como um "formigamento". Eu achei muito interessante o termo que ele usou para se referir ao modelo de parceria que estávamos estabelecendo entre as duas empresas, cada uma caminhando na sua especialização para satisfazer o seus formigamentos particulares. Isto é sensacional.
Depois disso fiquei me perguntando se é por isso que várias pessoas tem de mim uma noção equivocada, de que sou agitada. Na verdade sou muito serena e tranquila. Contemplativa, quase franciscana. Mas sou formigada constantemente por um entusiasmo que não me larga. Sinto entusiasmo em praticamente qualquer atividade na qual coloco a mão para realizar. Esse formigamento me leva a fazer muitas coisas, às vezes ao mesmo tempo, segundo alguns, é porque sou capricorniana, e dizem os experts no assunto, que capricornianos são muito disciplinados e cumpridores de suas tarefas, mas são meio pessimistas, aí acho que tenho uma dissonância, porque sou uma crente incurável na esperança e na boa fé das pessoas. Vez ou outra levo na cabeça por ter boa fé em gente que não merece, mas não consigo perder a esperança.

Pondero bastante antes de tomar decisões, me cerco de gente mais experiente que eu para me ajudar a decidir, mas não sou indecisa nem morosa, cumpro cronogramas de forma relativamente rigorosa, relativamente porque já faz tempo deixei de me consumir por conta disso. Eu controlo meus compromissos mas eles não me controlam.
Nesta mesma semana, numa conversa com meu coordenador, após mais um dia letivo na universidade, começamos a refletir sobre o tipo de relação que temos, nós e nossos conhecidos com nosso trabalho e porque há tarefas e situações que se tornam altamente desgastantes para nós, e algumas vezes, intransponíveis. Há pessoas que, apesar de velhas ainda não aprenderam a estabelecer, com o seu trabalho, uma relação diferente daquela que se assemelha a uma obrigação, algo que só se faz mesmo porque se é obrigado. Que triste!

Como você tem lidado com seu trabalho? Ele ainda lhe causa aquele formigamento de entusiasmo? Você acorda pela manhã elétrico para fechar aquele negócio, ou para fazer o contato com aquele parceiro, ou simplesmente para estar num seminário, assistindo palestra e fazendo contatos, networking, conhecendo gente nova que, cedo ou tarde poderá se unir a você num novo empreendimento?


Eu sentei aqui para teclar dois poemas que escrevi na semana passada e ainda não tinha tido oportunidade de postá-los no meu outro blog "Relendo a Bíblia". De repente me vi escrevendo um texto para cá, para o Espiritualidade Organizacional. Então vou concluir aqui e depois posto os poemas no outro blog.

Tente! É maravilhoso. Tenho sido tão abençoada por momentos de contemplação que passei a fazer estes momentos com uma frequência regular e agendada. É algo que oxigena minhas ideias, minha razão de existir e que me dá forças para continuar trabalhando todos os dias como se fosse meu primeiro dia no emprego , e ainda o fará por muito tempo.
Serenidade, leveza e saúde espiritual para você.